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Vamos viajar nessa aventura, viver a magia da literatura navegar no oceano da poesia escrever para a vida um novo dia.
E que cada cena do amanhecer a sabedoria da vida venha resplandecer, e que a pena possa expressar com emoção
mensagens de amor, alegria, paz e união. (Wilton Batista de Oliveira)

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domingo, 22 de janeiro de 2012

Livro Estudando Poesia Cultivando Cidadania Autor Wilton Batista de Oliveira

Estudando poesia cultivando cidadania


POESIAS E POEMAS

Pequeno Manual de rima e métrica


Nome do Autor
Wilton Batista de Oliveira





01
FICHA TÉCNICA

Título da obra:
Estudando Poesia Cultivando Cidadania

Direitos Autorais:
Wilton Batista de Oliveira




02
APRESENTAÇÃO

Estudando poesia cultivando cidadania, foi criado com a intenção de facilitar o estudo da rima e da métrica para os estudantes do ensino fundamental de 5ª a 8ª série do primeiro grau, EJA Educação de Jovens e Adultos e poetas iniciantes, para isso usei trabalhos de minha própria autoria para explicar o estudo da rima e de linguagens, já o estudo da métrica foi utilizado poemas metrificados de grandes poetas consagrados no Brasil. Foi usado apenas um poema metrificado em versos alexandrinos de minha autoria com o título Qualidade de Vida.

Aproveitando o estudo da rima e da métrica, estruturei as poesias com a temática cidadania com o objetivo de semear essa nobre virtude que repassa a coletividade uma qualidade de vida mais humana. Hoje sabemos que o exercício da cidadania é a chave para o desenvolvimento de uma sociedade já que somos (produtos do meio) e como tal, temos a responsabilidade de contribuir com o bem estar de todos, a nossa volta.

A presente obra convida novos e velhos leitores, a navegar no fascinante oceano de poesia, essa arte maravilhosa que enaltece o ser, edificando o conhecimento e proporcionando um encantamento de paz e harmonia. O objetivo deste livro além da leitura prazerosa é o aprendizado, possibilitando assim que o leitor tenha a oportunidade não de ser ator ou interprete, más de ser protagonista de sua própria história, autor de seus próprios trabalhos literários.

Nas próximas páginas, tem conhecimentos de vários livros, de centenas de anos, resumido de forma clara e objetiva. Lembro que o conhecimento não e dom de poucos, mas de todos, que faz do livro, da leitura a porta de entrada do conhecimento humano. Um forte abraço, e uma ótima leitura.

Wilton Batista de Oliveira

03
     “É obrigação de todos expressarem a sua cidadania para a construção de uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem estar de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.
(Artigo 3º da constituição federal)

O sal da terra

(...)
“Vamos precisar de todo mundo
um mais um é sempre mais que dois
pra melhor juntar as nossas forças
e só repartir melhor o pão
recriar o paraíso agora
para merecer quem vem depois.”
(...) (Beto Guedes e Ronaldo Bastos)











Eis que quão bom e quão agradável é
irmãos morarem juntos em união!
Salmos 133:1


04
ÍNDICE



Apresentação    03
Índice    05
Estudo de linguagens de textos e rimas    07
O vento e a vida (rimas alternadas)    11
Sorria (rimas alternadas)    12
Pense positivo (rimas interpoladas)    13
Caminhos... (rimas interpoladas)    14
É preciso (rimas emparelhadas)    15
Vamos (rimas emparelhadas)    16
Aos jovens que virão (poema com acróstico)    17
Que seja (poema com estribilho)    18
Natureza (poema com versos soltos)    19
Ensinamento ao vento (Rimas iteradas)    20
Sonho (rimas encadeadas)    21
Brincando com os números (poesia infantil)    22
Você a moça e o limão (poesia infantil)    23
Estudo da métrica    24
Qualidade de vida (versos alexandrinos)    31
Escanção do poema    32
Exercícios de fixação    33
Gabarito    38

As poesias em negrito são de autoria própria do autor






05

Prefácio

Esperamos com a presente obra repassar o conhecimento da rima e da métrica, enaltecendo assim a própria história da poesia metrificada que teve o seu período literário no Brasil iniciado em 1.870 com o Parnasianismo (palavra derivada do grego parnaso, segundo a lenda, um monte da Fócida, na Grécia Central, consagrado a Apolo aonde Vários poetas escreviam ‘Odes metrificadas aos Deuses’). Em 1.870 os principais poetas deste movimento ficaram conhecidos como (Tríade parnasiana): Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto de Oliveira.
Este movimento levantou a bandeira com a frase (a arte pela arte), ou seja, a arte (a poesia metrificada) pela a arte (a mitologia grega, fatos históricos da humanidade), esquecendo assim os problemas sociais, enquanto o Brasil lutava pela abolição da escravatura e pela República.
A poesia metrificada caiu em desuso após a Semana de Arte moderna, em 1922, vale salientar, porém, que a maioria dos poetas que participaram da Semana de Arte Moderna escreveu poemas metrificados. Mais recentemente, o nosso poeta Patativa do Assaré redefiniu a frase (a arte pela arte) a arte (a poesia metrificada) pela a arte (as desigualdades sociais, pelo interesse e o bem estar de todos, porque a arte é o povo). Vale também lembrar que os Cordéis só são aceitos pela ACB (Academia de Cordéis do Brasil) se for metrificado.
Com o presente livro, o leitor terá a oportunidade de conhecer poemas metrificados de grandes poetas, desde Luiz Vaz de Camões a Chico Buarque de Holanda, verificando assim que a poesia metrificada é uma das artes mais antigas que se faz presente nos versos e reversos de poetas contemporâneos.
As poesias de minha autoria, relativas ao estudo da rima, foram estruturadas com o tema transversal cidadania, dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação, do Governo Federal, com a finalidade de servi como fonte de pesquisa e material didático.
Wilton Batista de Oliveira

06
Estudos da linguagem de textos

Anáfora: é a repetição de palavra ou frase no início de cada verso de um determinado trabalho literário. Exemplo:

Que o amor esteja presente em cada coração,
que a bondade seja em qualquer tempo vivida,
que a confiança na paz e no amor  faça a união,
que a dignidade seja a estrela colorida...

Antítese: são palavras que salientam a oposição trabalhando a idéia central com palavras opostas. Exemplo:

(...)
È preciso ter igualdade a noite e ao dia
para vivermos a fraternidade em harmonia.
(...)

Comparação: é a aproximação de elementos de semelhança expressado através de palavras de comparação: como, assim como, igual a, tal qual, tal como. Exemplo:

... que a felicidade brote como a semente...


Elipse: é a omissão de palavra(s) na frase ou na oração, que tem a intenção de deixar o texto mais enxuto, sem que haja perda de clareza e entendimento usado geralmente em poemas extensos. Exemplo:

Com cidadania viveremos em harmonia...
(elipse todos nós) foi retirado do meio da frase.
Com cidadania todos nós viveremos em harmonia...

07
Zeugma: é a elipse de uma palavra usada no início da frase ou na oração anterior. Exemplo:
Que toda criança esteja na escola
aprendendo o conhecimento com união,
que seja a esperança do mundo lá fora...

O zeugma neste caso é a palavra criança que não aparece no terceiro verso. O zeugma tem a finalidade de evitar repetições de palavras e ao mesmo tempo deixar o trabalho mais expressivo, direto.

Inversão: é o oposto dos termos da oração tendo o objetivo de obter rima ou ritmo. Exemplo:
...
Que alegremente nos presenteou, mas infelizmente
a onipotência do homem não valorizou.

Metáfora: é o uso de palavras com sentido modificado. É usado geralmente nas comparações de semelhanças. Exemplo:

Vamos viajar nessa aventura,
viver a magia da literatura
navegar no oceano da poesia
escrever para a vida um novo dia.

Perífrase: é a expressão que qualifica os seres por atributos realizados. Exemplo:
A natureza que tudo produz
é fruto da divina luz,...
Foi usada a perífrase divina luz por Deus com intenção de obter rimas emparelhadas.



08
Pleonasmo: é a exaltação de uma idéia geralmente com certo excesso nas afirmativas. Exemplo:

A vida surgi com alegria no raiar de cada dia.
Ela sentiu na pele a morte da mãe.

Polissíndeto: é a repetição da conjunção coordenativa. Exemplo:

é preciso unir os braços com emoção
e nesse abraço viveremos em união...

O uso do polissíndeto repassa a idéia de soma, uma idéia enumerada.

Tipos de estrofes ou estâncias

- Dístico: estrofe de dois versos
- Terceto: estrofe de três versos
- Quarteto ou quadra: estrofe de quatro versos
- Quintilha: estrofe de cinco versos
- Sextilha: estrofe de seis versos
- Setilha: estrofe de sete versos
- Oitava: estrofe de oito versos
- Nona: estrofe de nove versos
- Décima: estrofe de dez versos









09
Estudo do ritmo e da rima

Ritmo: é o movimento ou sonoridade que se repete a um intervalo com a alternância das sílabas tônicas (fortes) e átonas (fracas) essa união é responsável pela emoção e encantamento do texto literário ou da música.
Verso: é o nome dado a cada linha de um determinado poema.
Estrofe: é o conjunto de dois ou mais versos que tem a função de dividir certas composições poéticas.
Rima: é a igualdade sonora entre os finais de dois versos ou mais, pode ocorrer rimas internas ou como são conhecidas as rimas iniciais.

As rimas podem ser:

Perfeitas: fazer, viver, e morena, serena.
Imperfeitas: Deus, céus.
Dependendo da variação do ritmo as rimas podem ser classificadas em:
Agudas ou masculinas: emoção, nação.
Graves ou femininas: poesia, cidadania.
Esdrúxulas: mágico e trágico (no masculino) ou mágica e trágica (no feminino).
Em uma terceira parte do estudo da rima é ligado ao seu valor.
Rimas pobres: é conhecida como rimas vulgares ou simples são derivadas da mesma classe gramatical: vento, evento.
Rimas ricas: são rimas formadas com palavras de classe gramaticais diferentes: resplandecer, viver.
Rimas preciosas: são rimas artificiais: tê-la, vê-la e estrela.
E por último as rimas podem ser:
Emparelhadas, alternadas, interpoladas, iteradas ou encadeadas.  Veja este estudo nas próximas páginas.




10
O vento e a vida


Que a magia do vento
toque em cada coração,
com sentimento
de confraternização.

Que a vida seja um acalanto
um ninho de sabedoria,
que não exista pranto
somente paz e alegria.

E nessa ventania
nesse divino evento,
iremos viver em harmonia
com o relógio do tempo.

E nessa vivência
com a singela emoção,
valorizando a consciência
iremos viver em união.

                                    Wilton Batista de Oliveira



Poesia estruturada com rimas alternadas, o primeiro verso rimando com o terceiro e o segundo verso rimando com o quarto. Conhecido no nordeste brasileiro como versos travados.



11
Sorria


Sorrir é preciso
enaltece a vida,
com a magia do sorriso
a vivência se torna colorida.

Com a pureza do riso
nasce à beleza d’ alegria,
caminhando rumo ao paraíso
com a esperança de um novo dia.

Um sorriso cura uma enfermidade,
um riso espanta a tristeza,
é preciso repassar a felicidade
sorrindo com emoção e sutileza.

Sorria com simplicidade
vivendo um novo sonho,
incentivando a fraternidade
para um mundo mais risonho.
                                             
                                   Wilton Batista de Oliveira




Poesia estruturada com rimas alternadas, o primeiro verso rimando com o terceiro e o segundo verso rimando com o quarto. Conhecido no nordeste brasileiro como versos travados.


12
Pense positivo


Em cada amanhecer
faça uma reflexão,
abra teu coração
idealize o seu viver.

Em cada auto sugestão
colocada na mente,
é como uma semente
que faz da vida uma realização.

Em cada pensamento
valorizando a cidadania,
e com essa nobre harmonia
nascerá um novo tempo.

Em cada momento
pense em uma virtude,
e com alegria e atitude
a vida será um novo evento.

                                    Wilton Batista de Oliveira





Poema estruturado com rimas interpoladas, o primeiro verso rimando com o quarto e o segundo verso rimando com o terceiro.


13
Caminhos...


Vamos caminhar com integração
peregrinar as terras da sabedoria
construir a nossa cidadania
unidos em uma nova educação.

Nessa eterna aventura
no caminho da liberdade
todos juntos com igualdade
edificaremos a nossa cultura.

Cultivando a paz e a união
com um sorriso de felicidade
incentivando a fraternidade
formando o paraíso da civilização.

Vamos trilhar com alegria
viver a magia do presente
despertando o coração valente
no raiar de cada dia.

                                    Wilton Batista de Oliveira





Poema estruturado com rimas interpoladas, o primeiro verso rimando com o quarto e o segundo verso rimando com o terceiro.


14
É preciso


É preciso crer na educação
para ter uma nova evolução,
é preciso aprender o ensinamento
para colher o conhecimento.

É preciso incentivar a leitura
para dignificar a nossa cultura,
é preciso ter igualdade a noite e ao dia
para vivermos a fraternidade em harmonia.

É preciso acreditar na esperança
preparar o futuro da criança,
é preciso capacitar à juventude
trabalhar a vida na plenitude.

É preciso ter atitude e sabedoria
para colher da vida um novo dia,
é preciso unir os braços com emoção,
e nesse abraço viveremos em união.

                                    Wilton Batista de Oliveira


Poema estruturado com rimas emparelhadas, o primeiro verso rimando com o segundo e o terceiro verso rimando com o quarto. Observe que existem rimas internas no início do poema travando a sonorização dos versos.




15
Vamos


Vamos praticar a leitura
para enriquecer nossa ternura
resgatar do livro o conhecimento
para o resplandecer de um novo tempo.

Vamos edificar a felicidade
valorizando a magia da amizade
escrever e repassar o conhecimento poético
narrando à alegria desse universo eclético.

Vamos viajar nessa aventura,
viver a magia da literatura
navegar no oceano da poesia
escrever para a vida um novo dia.

E que cada cena do amanhecer
A sabedoria da vida venha resplandecer,
E que a pena possa expressar com emoção
mensagens de amor, alegria, paz e união.

                                             Wilton Batista de Oliveira


Poema estruturado com rimas emparelhadas, o primeiro verso rimando com o segundo e o terceiro verso rimando com o quarto. Observe que existem rimas internas alternadas no início do poema travando a sonorização dos versos. Veja neste caso que o estudo da rima é feito pelas rimas externas.



16
Aos jovens que virão


Abra teu coração
belo é o pensamento
cultivando a união,
despertando a cidadania,

essa nobre alegria,
fazendo à magia em cada atitude,
gerando a tão sonhada virtude
herdava através da razão.

Iluminado seja o novo tempo
justiça e confraternização,
liberdade e igualdade
magnífica a nossa integração.

Na consciência de cada pensamento
operando com transformação,
paz e harmonia há todo o momento,
que os jovens façam uma nova civilização.

        Wilton Batista de Oliveira


Acróstico: é a composição poética em que as letras dos versos (geralmente as iniciais). Lidas verticalmente, formam palavras ou frases que revelam seu tema. Neste caso, neste poema o acróstico aparece apenas à ordem alfabética.



17
Que seja


Que toda criança esteja na escola
aprendendo o conhecimento com união,
que seja a esperança do mundo lá fora,
pois não existe evolução sem educação.

Que todo adolescente seja capacitado
desenvolvendo suas habilidades com emoção,
que esteja contente com o ofício desejado,
pois não existe evolução sem educação.

Que o adulto tenha cidadania
repassando o conhecimento com transformação,
que seja culto acreditando na harmonia,
pois não existe evolução sem educação.

Que o idoso seja respeitado
valorizando o sonho da confraternização,
aproveitando a instrução e a sabedoria do passado,
pois não existe evolução sem educação.

   Wilton Batista de Oliveira




Estribilho: é um verso (ou versos) que se repete(m) no final de cada estrofe de um poema. Refrão.



18
Natureza


Viva o verde da mata
preserve o azul do mar,
exalte a riqueza da água,
conserve a pureza do ar.

Pratique a reciclagem,
não jogue óleo no oceano,
incentive a replantagem,
seja um ser humano.

A natureza que tudo produz
é fruto da divina luz,
que alegremente nos presenteou, mas infelizmente
a onipotência do homem não valorizou.

Valorizemos enquanto é tempo,
e que haja ecologia
na sabedoria do pensamento,
e que a natureza, viva a cada momento.

                          Wilton Batista de Oliveira




Versos livres são versos que não seguem regras ou distribuição de rimas. Conhecido também como versos soltos.



19
Ensinamento ao vento


Vento que eleva o tempo
leve a união a cada nação
que a esperança esteja na criança
com emoção e confraternização.

Que o vento sopre um novo evento
semeando a cidadania e a alegria
frutificando a amizade com igualdade
colhendo a ideologia da harmonia.

Que o vento toque no pensamento
e nessa ventania com sabedoria
em cada ação teremos a integração
na magia do nascer do dia.

Que o vento repasse o conhecimento
com simplicidade e liberdade
através da razão com paz no coração
cultivando a fraternidade e a felicidade.

                                    Wilton Batista de Oliveira




Poema estruturado com rimas iteradas (rimas que se repetem no mesmo verso).



20
Sonho


Em cada sonho, uma esperança
em cada lembrança, uma alegria
em cada magia, um segredo
em cada desejo, uma ideologia.

Em cada sonho, um novo amanhecer
em cada resplandecer, uma aventura
em cada estrutura, uma edificação
em cada civilização, uma cultura.

Em cada sonho, uma bonança
em cada lembrança, uma realização
em cada ação, uma atitude
em cada virtude, uma transformação.

Em cada sonho, um encanto
em cada acalanto, um poema
em cada cena, um dono
em cada sono, um sonho.

                                    Wilton Batista de Oliveira



Poema estruturado com rimas encadeadas onde o final de um verso rima com uma palavra do início ou do meio do verso seguinte. Conhecidos como versos franceses.



21
Brincando com os números


Agora faço um convite
ao amigo leitor
para pensar em um número
depois multiplicar por dois.

E agora com
esse resultado
mais oitenta
deve ser somado.

E continuando a brincadeira,
depois dessa adição,
peço ao amigo leitor
que por dois faça a divisão.

É com esse resultado,
o primeiro número pensado,
deve ser retirado,
sendo quarenta o número finalizado.

                                    Wilton Batista de Oliveira


Poesia infantil estruturada com versos livres.






22
Você a moça e o limão


A moça pegou o limão,
o limão a moça cortou ao meio,
espremeu com emoção,
até o copo ficar cheio.

Levou o copo ao nariz
sentindo a essência do limão,
realizou-se no momento feliz
com cheiro da fruta na mão.

E misturando o suco do limão
com açúcar e água,
e nessa deliciosa união,
preparou sua limonada.

A moça bebeu o refresco saciando
a sua vontade louca
finalizo esta quadra perguntando
você ficou com água na boca?

                                    Wilton Batista de Oliveira


Poesia infantil estruturada com rimas alternadas.






23
Estudo da métrica:

A métrica de uma poema diz respeito a extensão de cada verso de um determinado trabalho literário. Estes versos se dividem em sílabas poéticas.
Exemplo:
Que/ o/ a/mor/ es/te/ja/ sem/pre/ em/ ca/da/ co/ra/ção
Na contagem das sílabas gramaticais temos 15 sílabas.

Que o a/mor/ es/te/ja/ sem/pre em/ ca/da/ co/ra/cão
Na contagem das sílabas poéticas temos 12 sílabas.

Veja que a separação de sílabas gramaticais é diferente da separação de sílabas poéticas.
Vejamos agora os processos para a redução de sílabas.

Crase: fusão de duas vogais iguais em uma só.
Exemplo: Foge e grita. Foge grita.

Elisão: é a supressão da vogal átona do final de um vocábulo, e quando o seguinte começa com uma vogal.
Exemplo: Ela estava só. Eles tava só.

Sinérese: é a transformação de um hiato em ditongo na mesma palavra.
Exemplo: Crueldade.

Aférese: é a supressão de sílaba ou fonema inicial.
Exemplo: até por té, ainda por inda ou estamos por ‘stamos.

Ectlipse: é a supressão de um fonema nasal final, para possibilitar a crase ou ditongação.
Exemplo: co, cos, coa, coas (com o, com os, com a, com as).


24
  Sinalefa: Fusão de uma vogal átona final.
Exemplo: Este amor Estiamor.

O estudo da métrica é feito através do número de sílabas de cada verso.

Monossílabos (versos com apenas uma sílaba)
“Pingo
d’água
pinga,
bate
tua
mágoa.”


Escansão
“Pin/go
d’á/gua
pin/ga,
ba/te
tua
má/goa.” (Cassiano Ricardo)



Dissílabos (versos de duas sílabas)
“Quem dera
que sintas
as dores
de amores,”
(...)



25
Escansão
“Quem/ dera
que/ sintas
as/ dores
de a/mores,”
(...) (Casimiro de Abreu)

Trissílabos (versos de três sílabas)
“Se esta rua           com pedrinhas
fosse minha          de brilhantes
eu mandava          para ver
ladrilhar                meu bem passar.”
Escansão
“Se e/sta/ rua           com/ pe/drinhas
fos/se/ minha          de/ bri/lhantes
eu/ man/dava          pa/ra/ ver
la/dri/lhar                meu/ bem/ passar.”
(Cantiga de roda popular)


Tetrassílabos (versos de quatro sílabas)
“Estrela pálida,
moça divina!
Donzela tímida
sob a neblina!”
Escansão
“Es/tre/la/ pálida,
mo/ça/ di/vina!
Don/ze/la/ tímida
sob/ a/ ne/blina!”  (Castro Alves)

26
Repare que a contagem das sílabas poéticas vai até a última sílaba tônica de cada verso, as sílabas átonas depois da última tônica não são contadas.

Pentassílabos ou Redondilha Menor (versos de cinco sílabas).
“Escuta este verso
qu’ eu fiz para você
para que todos saibam
qu’ eu quero você”.

Escansão
“Es/cu/ta es/te/ verso
qu’ eu/ fiz/ pa/ra/ você
pa/ra/ que/ to/dos saibam
qu’ eu/ que/ro/ vo/cê”. (Osvald de Andrade)



Hexassílabos (versos de seis sílabas)
“a chuva, quase sempre
cai em cima da gente
verticalmente, embora
oblíqua também possa.”
(...)

Escansão
“a/ chu/va,/ qua/se/ sempre
cai em/ ci/ma/ da/ gen/te
ver/ti/cal/men/te, em/bora
o/blí/qua/ tam/bém/ possa.”
 (...) (João Cabral de Melo Neto)



27
Heptassílabos ou Redondilha Maior (versos de sete sílabas)
“Da laranja quero um gomo
do limão quero um pedaço
da menina mais bonita
quero um beijo e um abraço”.

Escansão
“Da/ la/ran/ja/ que/ro um/ gomo
do/ li/mão/ que/ro um/ pe/daço
da/ me/ni/na/ mais/ bo/nita
que/ro um/ bei/jo e um/ a/bra/ço”. (quadrinha popular)


Octossílabos (versos de oito sílabas)
“O crocodilo que no Nilo
ainda apavora a cristandade
tem o crocodilo um amigo
num pássaro que lhe palita
os dentes é o alerta ao perigo:”
(...)

Escansão
“O/ cro/co/di/lo/ que/ no/ Nilo
ain/da a/pa/vo/ra a/ cris/tan/dade
tem/ o/ cro/co/di/lo um/ a/migo
num/ pás/sa/ro/ que/ lhe/ pa/lita
os/ den/tes/ é o a/ler/ta ao/ pe/rigo:”
(...)  (Vinicius de Moraes)





28
Eneassílabos (versos com nove sílabas)
“como nuvens em negra tormenta
em lufadas arroja o tufão,
e em confuso delírio apinhadas
de tropel encontrando-se vão.”
(...)
Escansão
“co/mo/ nu/vens/ em/ ne/gra/ tor/menta
em/ lu/fa/das/ ar/ro/ja o/ tu/fão,
e em/ com/fu/so/ de/lí/rio a/pin/hadas
de/ tro/pel/ en/com/tran/do/-se/ vão.”
(...) (Castro Alves)

Decassílabos (Versos com dez sílabas)
”De tudo, ao meu amor serei atento
antes, e com tal zelo, e sempre e tanto
que mesmo em face do maior encanto
dele se encante mais meu pensamento”.
(...)
Escansão
“De/ tu/do, ao/ meu/ a/mor/ se/rei/ a/tento
an/tes,/ e/ com/ tal/ ze/lo, e/ sem/pre e/ tanto
que/ mes/mo em/ fa/ce/ do/ mai/or/ en/canto
de/le/ se en/can/te/ mais/ meu/ pen/sa/mento”.
(...) (Vinícius de Moraes)

Hendecassílabos (versos de onze sílabas)
“A linda morena que, louco, adorava
que em sonhos beijava, tremendo de amor,
Não viu meus amores, descreu do meu canto,
sorriu do meu pranto, com riso traidor”.
     (...)                                                                                                                                     

29
Escansão
“A/ lin/da/ mo/re/na/ que,/ lou/co, a/do/rava
que em/ son/hos/ bei/ja/va,/ tre/men/do/ de a/mor,
Não/ viu/ meus/ a/mo/res,/ des/creu/ do/ meu/ can/to,
sor/riu/ do/ meu/ pran/to,/ com/ ri/so/ trai/dor”.
(...) (Castro Alves)



Alexandrinos (versos de doze sílabas)
“Que o amor esteja sempre em cada coração,
que a bondade seja em qualquer tempo vivida,
que a confiança na paz e no amor faça a união,
que a dignidade seja a estrela colorida”.
(...)

Escansão
“Que o a/mor/es/te/ja/ sem/pre em/ca/da/ co/ra/ção,
que a /bom/da/de/ se/ja em/ qual/quer/ tem/po/ vi/vida,
que a /con/fian/ça/ na/ paz/ e/ no a/mor/ fa/ça a u/nião,
que a/ dig/ni/da/de/ se/ja a es/tre/la/ co/lo/ri/da.
     (...)                           

      Wilton Batista de Oliveira









30
Qualidade de vida

Que o amor esteja sempre em cada coração,
que a bondade seja em qualquer tempo vivida,
que a confiança na paz e no amor faça a união,
que a dignidade seja a estrela colorida.
Que a esperança esteja sempre em cada estrutura,
que a felicidade brote como a semente,
que a geração futura não esqueça a cultura,
que a humanidade ganhe a paz como presente,
Que a igualdade faça a confraternização,
que a juventude refaça a alegria crescer,
que a liberdade da vida tenha emoção,
que a magnitude esteja sempre no viver.
Que a natureza seja sempre conservada,
que a onipotência do homem faça ecologia,
que a pureza das águas seja preservada,
que a qualidade e a vida virem ideologia.
Que a renascença da paz esteja no vento,
que a sabedoria do homem faça educação,
que a ternura esteja sempre em cada pensamento,
que a união dos povos seja uma realização.
Que a vivacidade seja sempre um acalanto,
que o xodó do momento seja a integração,
que o zelo pela cidadania tenha encanto.
                                                                                                     
                                                                          Wilton Batista de Oliveira


Poema estruturado com doze sílabas poéticas em cada verso é conhecido como versos alexandrinos reparem na escansão do poema na página ao lado, repare que neste poema após a anáfora que, no início do poema as palavras aparecem na ordem alfabética.

31
Qualidade de vida

Que o a/mor/es/te/ja/ sem/pre em/ca/da/ co/ra/ção,
que a /bom/da/de/ se/ja em/ qual/quer/ tem/po/ vi/vida,
que a /con/fian/ça/ na/ paz/ e/ no a/mor/ fa/ça a u/nião,
que a/ dig/ni/da/de/ se/ja a es/tre/la/ co/lo/rida.
Que a es/pe/ran/ça es/te/ja /sem/pre em/ ca/da es/tru/tura,
que a /fe/li/ci/da/de/ bro/te/ co/mo a/ se/mente,
que a /ge/ra/cão/ fu/tu/ra/ não es/que/ça a/ cul/tura,
que a /hu/ma/ni/da/de/ ga/nhe a /paz /co/mo /presente.
Que a i/gual/da/de/ fa/ça a/ com/fra/ter/ni/za/ção,
que a/ ju/vem/tu/de/ re/fa/ça a a/le/gria/ cres/cer,
que a/ li/ber/da/de/ da/ vi/da/ te/nha e/mo/ção,
que a/ mag/ni/tu/de es/te/ja/ sem/pre/ no/ vi/ver.
Que a/ na/tu/re/za/ se/ja/ sem/pre/ com/ser/vada,
que a  o/ni/po/tên/cia/ do ho/mem /fa/ça e/co/lo/gia,
que a/ pu/re/za/ das /á/guas/ se/ja/ pre/ser/vada,
que a /qua/li/da/de e a/ vi/da/ vi/re i/deo/lo/gia.
Que a/ re/nas/cen/ça/ da/ paz/ es/te/ja/ no/ ven/to,
que a / sa/be/do/ria/ do ho/mem/ fa/ça e/du/ca/cão,
que a /ter/nu/ra es/te/ja /sem/pre em /ca/da/ pen/sa/mento,
que a u/nião/ dos/ po/vos/ se/ja u/ma/ rea/li/za/cão.
Que a/ vi/va/ci/da/de/ se/ja/ sem/pre um/ a/ca/lanto,
que o/ xo/dó/ do/ mo/men/to/ se/ja a in/te/gra/cão,
que o/ ze/lo/ pe/la/ ci/da/da/nia/ te/nha en/canto.








32
Exercícios

(Um) Identifique as figuras de pensamento, construção e linguagens existentes nos poemas abaixo.

(1.1) Comida
(...)
“A gente não quer só comida
a gente quer comida diversão e arte,
a gente não quer só comida
a gente quer saída para qualquer parte.”
(...) (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sergio Brito)

a)(   ) Zeugma     b)(   ) Perífrase     c)(   ) Anáfora

(1.2) Encontros e despedidas
(...)
“Tem gente que vem
e quer voltar
tem gente que vai
e quer ficar
tem gente que veio
só olhar
tem gente a sorrir
e a chorar,” (Milton Nascimento e Fernando Brant)

a)(  ) Antítese     b)(   ) Pleonasmo       c)(   ) Polissíndeto






33
(1.3) Rosa de Hiroxima
“Pensem nas crianças
mudas telepáticas
pensem nas feridas
como rosas cálidas”.
(...) (Vinícius de Moraes) “poesia metrificada”

a)(   ) Comparação      b)(   ) Antítese       c)(   ) Elipse

(1.4) Solidão
(...)
“A solidão é fera
é amiga da horas
é prima irmã do tempo
e faz os nossos relógios
caminharem lentos,”
(...) (Alceu Valença)

a)(   ) Inversão      b)(   ) Pleonasmo      c)(   ) Metáfora

(1.5) (...) Soneto de separação
“E das bocas unidas fez-se a espuma
e das mãos espalmadas fez-se o espanto
(...)
E da paixão fez-se o pressentimento
e do momento imóvel fez o drama”.
(...) Vinícius de Moraes

a)(   ) Polissíndeto      b)(   ) Pleonasmo      c)(   ) Metáfora




34
(Dois) Identifique o tipo de rima dos poemas relacionados abaixo:

(2.1) Motivo
“Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa
não sou alegre nem sou triste
sou poeta.”
(...) Cecília Meireles

a)(   ) Interpolada     b)(   ) Emparelhada     c)(   ) Alternadas

(2.2) Mar portuguez
(...)
“Valeu a pena? Tudo vale a pena
se a alma não é pequena.
Quem querer passar além do bojador
tem que passar além da dor.”
(...) Fernando Pessoa

a)(   ) Interpolada     b)(   ) Emparelhada     c)(   ) Alternadas

(2.3) Segundo refrão do Hino Nacional
“Terra adorada,
entre outras mil,
és tu, Brasil,
ó pátria amada!”
Osório Duque Estrada

a)(   ) Interpolada     b)(   ) Emparelhada     c)(   ) Encadeada




35
(2.4) “Salve! Bandeira do Brasil querida!
Toda tecida de esperança e luz!
pálio sagrado sob o qual palpita
a alma bendita do país da cruz!”
Dom Alquino Correia
a)(   ) Interpolada     b)(   ) Emparelhada     c)(   ) Encadeada

(2.5) “Donzela bela, que me inspira a lira
um canto santo de fervente amor,
ao bardo cardo da tremenda senda
estanca, arranca-lhe a terrível dor”.
Castro Alves
a)(   ) Iterada     b)(   ) Emparelhada     c)(   ) Encadeada

(Três) Classifique os poemas, relativo ao estudo da métrica.
(3.1) Amor
“Amor é um fogo que arde sem ver,
é ferida que dói, e não se sente,
é um contentamento descontente,”
(...) Luiz Vaz de Camões

a)(   ) Eneassílabos     b)(   ) Decassílabos    c)(   ) Hendecassílabos

(3.2) Construção
“Amou daquela vez como se fosse a última
beijou sua mulher como se fosse a última
e cada filho seu como se fosse o único”
(...) Chico Buarque de Holanda
a)(   )Decassílabos     b)(   )Hendecassílabos     c)(   )Alexandrinos




36
(3.3) O livro e a América
“Ó! Bendito e o que semeia
livros à mão cheia...
e manda o povo pensar!
o livro caindo n’alma
é germe – que faz a palma,
é chuva – que faz o mar.”
(Castro Alves)

a)(   )  Pentassílabos   b)(   )  Hexassílabos   c)(   ) Heptassílabos

(3.4) Quadra popular
“O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou”.

a)(   ) Hexassílabos     b)(   ) Heptassílabos     c)(   ) Octossílabos

(3.5) Canção do exílio
“Minha terra tem palmeiras
onde canta o sabiá
as aves que aqui gorjeiam
não gorjeiam como lá.”
(...) Gonçalves Dias
a)(   ) Hexassílabos     b)(   ) Heptassílabos     b)(   ) Octossílabos







37

Gabarito

Nº 1
Nº 1.1 Alternativa  C
Nº 1.2 Alternativa  A
Nº 1.3 Alternativa  A
Nº 1.4 Alternativa  C
Nº 1.5 Alternativa  A

Nº2
Nº 2.1 Alternativa  C
Nº 2.2 Alternativa  B
Nº 2.3 Alternativa  A
Nº 2.4 Alternativa  C
Nº 2.5 Alternativa  A

Nº3
Nº 3.1 Alternativa  B
Nº 3.2 Alternativa  B
Nº 3.3 Alternativa  A
Nº 3.4 Alternativa  C
Nº 3.5 Alternativa  B

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